Introduction to the concept of mobbing

Introduction to the concept of mobbing

"Through their national work environmental acts Sweden, Finland and Norway support the rights of workers to remain both physically and mentally healthy at work. Yet, in recent years, a workplace-related psychosocial problem has been discovered, the existence and extent of which was not known earlier.

This phenomenon has been referred to as "mobbing", "ganging up on someone", "bullying" or "psychological terror". In this type of conflict, the victim is subjected to a systematic, stigmatizing process and encroachment of his or her civil rights. If it lasts a number of years, it may ultimately lead to ejection from the labor market when the individual in question is unable to find employment due to mental injury sustained at the former work place.

I introduced this phenomenon in 1984. It certainly is a very old one, well known in every culture from the very beginning of these cultures. Nevertheless, it has not been systematically described until the research started in 1982 which led to a small scientific report written in the fall of 1983 and published in early 1984 at The National Board of Occupational Safety and Health in Stockholm, Sweden

(Leymann & Gustavsson, 1984)"

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Desemprego provoca aumento de depressões, "fator de risco do suicídio" - especialistas

"Dramas pessoais decorrentes da atual crise, como o desemprego, estão a provocar um aumento das doenças psiquiátricas em Portugal, sobretudo da depressão, que "é um fator de risco do suicídio", alertaram hoje especialistas.

Os responsáveis falaram à Lusa a propósito do 2.º congresso da Associação Psiquiátrica Alentejana (APA), que vai decorrer em Serpa entre quinta-feira e sábado para debater temas como a psiquiatria na crise e o suicídio no Alentejo.

"Tem havido, há cerca de um ano e meio/dois anos, um aumento grande de toda a problemática psiquiátrica ligada à crise", disse à agência Lusa o presidente da APA, António José Albuquerque.

Segundo o psiquiatra, a crise, que está a provocar situações graves" como o desemprego, faz-se sentir mais na patologia da depressão, que "é um fator de risco do suicídio".

Por isso, frisou, "a brutal ameaça do suicídio está a atemorizar bastante" os psiquiatras, nomeadamente no Alentejo, "particularmente" afetado pelo problema.

Devido a "dramas pessoais" decorrentes da conjuntura, como a incapacidade de pagar a prestação da casa e estudos dos filhos, "as doenças mentais aumentam brutalmente", sobretudo a depressão, disse à Lusa o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Mário Jorge Santos.

A atual crise "tem como pior resultado o desemprego", "um fator de risco muito importante para a doença mental, principalmente para a depressão", que, por sua vez, "é um fator de risco para o suicídio", frisou Mário Jorge Santos, também membro fundador da Sociedade Portuguesa de Suicidologia.

"Quase não há desemprego sem depressão" e "quase ninguém" perde a casa ou deixa de pagar estudos aos filhos sem depressão e estes são "fenómenos que estão a acontecer em Portugal", e "muito acima do esperado", disse.

O desemprego é o principal fator que leva à depressão e ao suicídio e, neste caso, "a crise grega ensina muito, porque o suicídio na Grécia quintuplicou", frisou.

Segundo Mário Jorge Santos, em Portugal, com a crise, além dos idosos que vivem isolados em zonas rurais e da população urbana com depressão, sobretudo jovens, começam a aparecer novos grupos de risco de suicídio: os desempregados e as pessoas que perderam a casa.

O risco de suicídio "será muito mais grave nas zonas urbanas", ou seja, o suicídio entre os idosos nas zonas rurais vai manter-se nos "níveis habituais" e o suicídio urbano e o relacionado com o desemprego e a crise vão "aumentar em todo o país e o Alentejo não será exceção", alertou.

Neste sentido, admitiu, o Alentejo poderá deixar de ser a região com a mais elevada taxa de suicídio, mas "pelos piores motivos", ou seja, não por a taxa da região baixar, mas por as taxas das outras regiões subirem, sobretudo nos grandes centros urbanos, nomeadamente Lisboa e Porto.

Além do papel da psiquiatria, que trata os doentes, é necessário políticas de saúde e outras que "transcendem" esta área, frisou, defendendo que, atualmente, "a prioridade no combate à depressão é a criação de políticas ativas de emprego".

"Os tempos que aí vêm vão ser muito difíceis, porque não há dinheiro e as políticas necessitam de dinheiro. As pessoas estão a empobrecer e as instituições que as podem ajudar estão a ficar sem dinheiro", alertou."

LL.

Beja, 30 de mai (Lusa)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Desemprego continuará a subir em Portugal até aos 16,2% em 2013 - OCDE

Paris, 22 mai (Lusa)

"A taxa de desemprego em Portugal vai continuar a bater recordes e atingirá os 16,2 por cento em 2013, segundo previsões hoje divulgadas pelo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Nestas projeções, as mais pessimistas relativamente a 2013 até agora divulgadas por instituições internacionais, a OCDE projeta uma recessão mais forte e mais prolongada do que a esperada pelo Governo.

Num capítulo do seu "Outlook" dedicado à economia portuguesa, a OCDE prevê que o PIB continuará "a cair até meados de 2013", o que levará a um "aumento adicional do desemprego".

A OCDE espera assim que este ano a taxa de desemprego chegue aos 15,4 por cento, aumentando para 16,2 por cento no ano seguinte.

Tanto o Governo como a 'troika' esperam uma taxa de desemprego menor este ano (na ordem dos 14,5 por cento), e uma quebra (embora ligeira) em 2013.

No entanto, o Executivo e a 'troika' têm-se mostrado surpreendidos com a subida do desemprego, superior ao que seria de esperar tendo em conta a evolução da atividade económica. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou que o Governo está a trabalhar numa nova análise do desemprego e que em breve irá publicar novas estimativas da sua evolução.

Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego chegou aos 14,9 por cento no primeiro trimestre."

PGR.
Lusa

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Trabalho: quando as colegas nos 'tramam'

"Quem já teve dores de cabeça com um colega de trabalho, sabe do que falamos: alguém que lhe delega as responsabilidades e fica com os louros, que faz queixa ao chefe, que inventa discussões ou que lhe rouba a promoção. Aqui fica o manual de sobrevivência anti-‘sabotagem’..

Em qualquer emprego é natural que haja diferença de opiniões, discussões, e empatias pessoais mas, para que o trabalho flua e a equipa funcione, a sinceridade e frontalidade são fundamentais. Infelizmente, nem sempre isso acontece e há, muitas vezes, quem, na sombra, sabote o nosso trabalho. Conheça dois casos em que a rivalidade profissional chegou a tal ponto que fez com que o ambiente de trabalho se tornasse um inferno.

Carolina (nome fictício), hoje com 26 anos, tinha acabado de sair da Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra, quando conseguiu um emprego como engenheira estagiária na Ilha do Faial, nos Açores, em Janeiro de 2000.

Na empresa, os funcionários trabalhavam em equipas de engenheiros estagiários e seniores, orientando estes os mais novos, assumindo tarefas de maior responsabilidade. A relação de trabalho entre Carolina e a sua sénior, era boa: "Havia bastante intimidade entre nós. Mas notei que ela não tinha experiência suficiente e que tinha o hábito de me passar tarefas que devia ser ela a resolver. Depois sentia-se mal, porque eu estava a ter o protagonismo. Mas o facto de me estar a sair bem estava-me a causar problemas", aponta Carolina. "O caricato é que ela me confessava os seus pontos fracos, ao que eu respondia: ‘Não há problema! Fazemos as duas, perguntamos!" Mas a engenheira sénior não demorou a informar o chefe que achava que Carolina não respeitava a hierarquia.

Aproveitando a baixa de parto desta engenheira sénior, o patrão substituiu-a por alguém com mais experiência. Foi pela nova sénior, uma engenheira brasileira, que Carolina ficou a saber das queixas da ex-colega. "Ainda tentei falar com o chefe, mas não pareceu interessado. Não queria que uma pessoa, acabada de sair da faculdade, lhe desse problemas, quer tivesse ou não razão."No entanto, a nova colega revelou-se ainda pior. "Tinha uma grande necessidade de protagonismo, ocultava os seus fracassos e era muito hábil a delegar trabalho aos outros e a ficar com os louros", recorda Carolina. "Para além de ser incompetente, ocultava-me informação de trabalho. Era muito conflituosa e arrogante. Optei por falar com ela e discutimos."

Para evitar as situações por que tinha passado anteriormente, Carolina passou a recusar-se a fazer os trabalhos de maior responsabilidade, da competência da engenheira sénior. "Ela passou todo o meu trabalho a outra estagiária e deixou-me sem nada para fazer, dizendo ao chefe que não conseguia trabalhar comigo."A ironia é que esta engenheira sénior acabou por ser despedida, depois de sucessivas queixas dos empreiteiros das obras de que era responsável. Apesar de já sentir por Carolina uma certa antipatia, o chefe nunca conseguiu encontrar defeitos nos seus trabalhos. Os empreiteiros com quem trabalhava davam boas informações da estagiária.

Devido a tantas queixas e tensão, Carolina entrou em depressão e pediu a demissão, apesar de a aconselharem a ficar para ‘limpar a sua imagem'. Hoje, conclui que deveria ter optado por ficar nos bastidores. "Fui ingénua. Expus-me demasiado. Devia ter ficado mais na sombra." Isso mudou bastante a sua forma de encarar as relações laborais. "Hoje, separo as amizades das relações de trabalho. Para fazer um verdadeiro amigo, no emprego, essa pessoa tem de me provar que merece mesmo a minha confiança."

A Sabotadora

Há poucas coisas tão irritantes como aquela colega que nos olha de lado quando passamos por ela no escritório. Conceição Francisco, 40 anos, conheceu esta sensação há cinco anos, quando trabalhava num banco. Uma das colegas já tinha fama de ser conflituosa e Conceição depressa assim o constatou. "Olhava-me por cima do ombro, ouvia as minhas conversas ao telefone. Não gostava de mim, e havia ali alguma inveja, apesar de eu nunca ter percebido porquê.

Foi então que começaram a surgir situações estranhas: dados que desapareciam misteriosamente, outros que eram registados em duplicado. Conceição tinha a certeza de ter realizado correctamente aquelas operações.

Tudo corria mais ou menos normalmente, até ao dia em que desapareceu um documento importante, uma ordem dada por um cliente. "Perguntei às minhas colegas se tinham mexido no documento e todas me responderam que não. Desesperada, procurei-o até às nove da noite, sem o encontrar." O director, que ainda estava na empresa, viu luz acesa no gabinete e foi até lá, saber o que se passava. "Expliquei-lhe a situação e ele disse-me para ter calma e procurar na secretária das minhas colegas. Eu disse que não fazia isso, uma vez que já lhes tinha perguntado por ele." Então o director apontou para a secretária da colega com quem não se dava bem e perguntou: "Já viu ali?" E lá estava ele, no fundo da pilha de papéis da colega que o negara ter visto, nessa tarde. "O director disse-me para o voltar a pô-lo no lugar e que no dia seguinte já sabia o que tinha a fazer. Foi uma noite muito longa e angustiante."

No dia seguinte, Conceição confirmou à chefe de departamento que achara o documento. "Então chamei por essa minha colega e disse-lhe: ‘Por favor, entregue o documento porque eu achei-o no seu cesto de papéis. Encontrei eu e o director.' A partir daí, nunca mais uma operação minha foi duplicada ou desapareceu alguma coisa. Não tenho dúvidas que foi de propósito. Não se defendeu, não pediu desculpas, não procurou as chefias para explicar a situação. Foi apenas por maldade."

Há mil e uma razões para surgirem as rivalidades como estas: divergências de opiniões laborais, personalidades incompatíveis, inveja do cargo alheio, insegurança. "60% dos nossos problemas de relacionamento têm por base uma má comunicação", afirmam Soledade Sousa Morais, da Invesco Transearch, e Margarida Dias, da Bright Partners, ambas executivas especialistas em gestão de recursos humanos. "A conflituosidade existe, é inevitável e, por si só, não é necessariamente negativa. Faz parte da natureza e está tão presente nas empresas como na família, nas instituições, nos grupos. Todos nós conhecemos casos que acabam por tomar proporções muito dramáticas, como demissões em bloco, despedimentos questionáveis ou incompatibilidades profissionais e pessoais bloqueadoras", dizem as especialistas. "Mas, as capacidades de negociação treinam-se e desenvolvem-se; podemos aprender a controlar melhor o nosso nível de stresse e as nossas emoções."

Mas há soluções para evitar estas tensões. As empresas de executive search, vulgarmente conhecidas como ‘caçadores de talentos', procuram cada vez mais gestores com capacidade de gerir conflitos pessoais. E, nas economias mais desenvolvidas, recorre-se a um modelo de distribuição ‘por quotas' de mulheres e homens, de diferentes grupos etários, de formações académicas e especializações técnicas díspares. Tudo para fomentar a convivência com a diferença. "Um ambiente empresarial misto será mais rico, produtivo e eficaz", referem as duas especialistas.

Só as mulheres se dão mal entre si?

Quem fala de uma ‘Liga de Cavalheiros', onde não há lugar para rivalidades abertas e intrigas, pode não estar a ser muito fiel à verdade. Apesar de ter tido um conflito com uma mulher, Conceição Francisco admite: "É um mito. Um homem alcoviteiro, traiçoeiro, mau colega, consegue ser mais dissimulado e confunde-nos mais: estamos à espera que essa situação parta de uma mulher e não de um homem. Penso é que as mulheres são mais dadas à conversa."

As especialistas concordam: conflitos não têm sexo. "Não é exclusivo de homens ou de mulheres ser mais ou menos conflituante ou ser mais ou menos tolerante. Tem mais a ver com os níveis grupais ou individuais de aceitação da diversidade." Margarida Diaacrescenta que se trata de uma ideia feita, muito difundida: "Resta saber se não passa mesmo só de uma ideia feita. Há tempos, uma executiva muito conhecida no mercado e com quem trabalho há muito tempo, convidou-me para almoçar dizendo: ‘Desta vez não é trabalho. É que estou a precisar de poder falar de verniz, croché... sem chocar ninguém!""

Por: Cristina Tavares Correia/Activa - 17 Fevereiro 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Devemos boicotar a Apple? - Parte III

"Uma questão de ética e de lei

Os acionistas e os aficionados da Apple veem-se assim confrontados com um dilema moral: será que podem regozijar-se com a explosão das ações da Apple e murmurar palavras doces a Siri, a assistente pessoal virtual do iPhone 4S, e, ao mesmo tempo, manter o silêncio sobre as terríveis condições de trabalho que vigoram entre os fornecedores da Apple?

No entanto, a empresa não cometeu nenhum delito. Do ponto de vista legal, não é responsável pelo que se passa nas fábricas chinesas.

Por outro lado, no mundo empresarial, raramente hesitamos quando se trata de desrespeitar os princípios morais.

Nunca confundimos os resultados financeiros com as nossas pretensões de sermos campeões da moral, dos comportamentos éticos, das boas práticas e da decência.

A fronteira entre aquilo que é correto, do ponto de vista legal, e aquilo que é justo, do ponto de vista moral, é bem clara.

E essa fronteira separa igualmente o lado privado e moral da nossa vida do nosso lado profissional e público.

No mundo do trabalho, considera-se que todos os abusos são permitidos.

E entre as 9 e as 17 horas os nossos atos nunca estão dependentes de critérios morais.

É apenas na esfera da sua vida privada que homens e mulheres estão sujeitos a julgamento moral.

No mundo do trabalho, a moral não tem lugar, porque o sucesso profissional se transformou em regra de ouro.

Podemos atirar pedras à Apple. Talvez os iPhones tenham alguns telhados de vidro.

Talvez a empresa faça tudo o que está ao seu alcance para conciliar dois imperativos, o moral e o financeiro: responder às exigências dos consumidores e dos acionistas e respeitar o exigente legado do seu fundador, preocupando-se em simultâneo com as condições de vida daqueles cujo trabalho consiste em montar as joias da modernidade.

Mas o problema é bastante mais vasto: reside na nossa recusa em aplicar os nossos princípios morais a tudo aquilo que fazemos, e não apenas à Apple."

Fonte: Courrier Internacional Março de 2012

Los seres humanos hablan de sí mismos por la satisfacción que les produce

"Los humanos dedican del 30% al 40% de sus conversaciones a hablar de sí mismos (casi el 80% en las redes sociales) por la sencilla razón de que es "intrínsecamente gratificante", según un estudio que publica 'Proceedings of the National Academy of Sciences'.

"Lo que queríamos saber es por qué, de manera constante, las personas divulgan información acerca de sí mismas en las conversaciones, por internet, con conocidos o desconocidos, con quien quiera que les escuche", señala la investigadora Diana Tamir, del Departamento de Psicología en la Universidad de Harvard (Massachusetts).

El equipo de Tamir y Jason Mitchel ha puesto a prueba las teorías recientes de que los individuos asignan un elevado valor subjetivo a las oportunidades de comunicar sus pensamientos y sentimientos a otras personas, y de que el hacerlo activa mecanismos neurales y cognitivos asociados con la gratificación.

"La oportunidad de compartir la información sobre sí misma activa las áreas previamente identificadas con la gratificación", resume Tamir. "El hablar de ti misma te hace sentir bien. Nos gusta pensar acerca de nosotras mismas, nos gusta compartir información sobre nosotras mismas".

"Y también sabemos que el no compartir la información, especialmente la emocional, puede tener efectos negativos para la salud", subraya. Los investigadores consideraron cinco estudios, realizados con grupos de 20 y hasta 200 sujetos.

Llamar la atención

Aunque otros primates, en general, no intentan comunicar a sus pares lo que saben (como señalando cosas interesantes o comportamientos para que otros los imiten), ya desde los nueve meses de edad los humanos intentan atraer la atención ajena a aspectos del ambiente que encuentra interesantes, apunta el artículo.

"Y los adultos en todas las sociedades hacen, de manera coherente, intentos de impartir su conocimiento a otros", agrega Tamir, quien explica que para su estudio se combinaron imágenes funcionales por resonancia magnética (fMRI) y métodos cognitivos.

Otras investigaciones anteriores han identificado las áreas del cerebro involucradas en la gratificación, y el equipo de Tamir ha empleado los fMRI al tiempo que los individuos hablaban sobre sus creencias y opiniones o especulaban acerca de las opiniones y creencias de otra persona.

Remuneración

También estos investigadores han recurrido a una versión modificada de experimentos con tareas remuneradas que miden hasta qué punto los sujetos están dispuestos a pagar algo que les gratifica.

En los experimentos originales hechos con animales se ha encontrado, por ejemplo, que los monos eligen entre diferentes cantidades de una gratificación primaria (jugos) y la oportunidad de ver a un macho dominante.

Otros experimentos del mismo tipo hechos con humanos han cuantificado la recompensa asociada con la belleza y el atractivo sexual, midiendo la cantidad de dinero a la que estudiantes universitarios estaban dispuestos a perder a cambio de ver, brevemente, imágenes de miembros atractivos del sexo opuesto."

Fonte: El Mundo 2012/05/07

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Devemos boicotar a Apple? - Parte II

"Estas informações são perturbadoras, mas não deviam surpreender-nos. O fabuloso sucesso da Apple não se explica apenas pela inovação e pelo design: tem também algo implacável. A capacidade da Apple para se impor no mercado e comercializar os gadgets mais deslumbrantes que o mundo alguma vez viu é igualmente o triunfo de um sistema de produção.

É ainda outro artigo em The New York Times, a descrever o desaparecimento de empregos da classe média [nos Estados Unidos], que foram exportados para a China, um país conhecido pelas suas façanhas industriais. 

Segundo parece, na China, é possível arrancar oito mil operários dos seus dormitórios, em meia hora, e mandá-los montar ecrãs de vidro nos iPhones durante 12 horas seguidas, a troco de um biscoito e de uma chávena de chá.

Thomas Friedman [cronista em The New York Times] conta esta mesma história num editorial, vendo nela um exemplo da fraqueza da América. Que conclusões devemos tirar? Imitar a China ou ter pena dos trabalhadores chineses?"

Fonte: Courrier Internacional Março 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Casos de assédio moral e sexual no local de trabalho estão a aumentar

"Os casos de assédio moral e sexual no local de trabalho quase duplicaram no último ano, segundo dados da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que em 2011 registou 140 crimes.

"Os números que temos indicam que estão a ser registados mais fenómenos de assédio moral e sexual e de inocupação dos postos de trabalho", revela em entrevista à Agência Lusa o inspetor geral do trabalho, José Luís Forte.

Desde 2009, a ACT realizou 1515 visitas tendo em vista casos que configurassem situações de assédio moral, sexual e violação do dever de ocupação efetiva dos trabalhadores. Em três anos foram levantados 299 autos e aplicadas coimas num valor aproximado de 913 mil euros.

Os números indicam ainda que estes crimes estão a aumentar. Em 2011, o número de autos quase duplicou, passando de 79 em 2010 para 140.

"Isto é revelador de que alguma coisa está a acontecer no plano do comportamento dos prevaricadores ou no aumento da coragem das pessoas em denunciar as situações", alerta o inspetor geral do trabalho.

Todos os especialistas contactados pela Lusa defendem que a realidade é bem mais dramática do que os números conhecidos. Quem lida diariamente com estes casos conhece muitas histórias em que o "medo de represálias" ou o "puro desconhecimento da legislação" silencia o crime.

A psicóloga Catarina Paulos recorda um estudo de 2006, em que esteve envolvida, que veio denunciar a existência de situações em que os trabalhadores "estavam a ser alvo de assédio mas não sabiam".

"Há pouca informação disponível e muitas pessoas nem sequer sabem a quem devem recorrer. Além disso, há o medo em denunciar porque temem represálias e não têm o apoio dos colegas, porque eles também têm medo", diz Catarina Paulos.

Estes fenómenos são confirmados por Rita Garcia Pereira. Pelo escritório da advogada de 35 anos já passaram mais de 100 casos e a especialista diz que "há muita gente que nem sequer reconhece que está a ser vítima de assédio".

Por isso, são "poucos" os que decidem avançar contra o empregador. Os que não desistem, deparam-se invariavelmente com morosas lutas judiciais. De acordo com Rita Garcia Pereira, "é normal uma ação de assédio moral demorar três anos".

Mesmo quando os queixosos vencem em tribunal, as indemnizações são "ridículas": "No caso dos danos morais rondam entre os 2.500 e os cinco mil euros", critica Rita Garcia Pereira.

Por isso, "é mais fácil a pessoa abandonar o seu emprego e não se envolver nestes processos", explica a psicóloga Catarina Paulos, lembrando que habitualmente as vítimas já estão emocionalmente frágeis.

Rita Garcia Pereira e Catarina Paulos conhecem inúmeras histórias de depressões provocadas por problemas no trabalho e lembram que além das vítimas, estas situações afetam também a família, havendo "muitos casos que acabam em divórcio".

Muitas vezes o objetivo do empregador é conseguido: o trabalhador despede-se e tenta esquecer o crime. Mas o inspetor geral do trabalho insiste que é preciso reagir para combater a "tendência de aumento".

"Os trabalhadores têm de tomar consciência de que não podem ser alvo de pressões de natureza moral e muito menos de natureza sexual. Esse tipo de comportamentos tem de ser violentamente perseguido", defendeu.

José Luís Forte lembra que "as crises não fazem apenas manifestar ondas de solidariedade, fazem também emergir o que o homem tem de pior, que é aproveitar-se das situações de desvantagem e de inferioridade para espezinhar e atingir a dignidade das pessoas.

O que está em causa no assédio é buscar nas vulnerabilidades, satisfações egoístas dos instintos mais baixos dos seres humanos e infelizmente esta é uma realidade que as crises agravam"."

Fonte: Lusa 19 Mar, 2012

Casos de assédio moral dificilmente detetáveis por falta de especificação do problema

"Os casos de assédio moral no trabalho são dificilmente detetáveis devido à dificuldade em distingui-los de situações de conflito laboral, concluiu um estudo hoje apresentado, que recomenda uma maior especificação de um problema com tendência a aumentar.

"Há dificuldade metodológica em identificar e distinguir situações de assédio das situações conflituais normais que ocorrem no trabalho. O ponto comum a todas as definições de assédio moral é o caráter de intencionalidade do fenómeno. É praticado com o intuito de fragilizar as pessoas", afirmou à agência Lusa o coordenador do estudo "Assédio moral: estratégias, processos e práticas de prevenção".

A equipa liderada por Rui Moura recomenda "uma maior especificação do problema", sugerindo "a adoção de uma única versão conceptual de assédio moral"."

Fonte: 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.