Introduction to the concept of mobbing

Introduction to the concept of mobbing

"Through their national work environmental acts Sweden, Finland and Norway support the rights of workers to remain both physically and mentally healthy at work. Yet, in recent years, a workplace-related psychosocial problem has been discovered, the existence and extent of which was not known earlier.

This phenomenon has been referred to as "mobbing", "ganging up on someone", "bullying" or "psychological terror". In this type of conflict, the victim is subjected to a systematic, stigmatizing process and encroachment of his or her civil rights. If it lasts a number of years, it may ultimately lead to ejection from the labor market when the individual in question is unable to find employment due to mental injury sustained at the former work place.

I introduced this phenomenon in 1984. It certainly is a very old one, well known in every culture from the very beginning of these cultures. Nevertheless, it has not been systematically described until the research started in 1982 which led to a small scientific report written in the fall of 1983 and published in early 1984 at The National Board of Occupational Safety and Health in Stockholm, Sweden

(Leymann & Gustavsson, 1984)"

terça-feira, 29 de julho de 2008

"Para onde vai o trabalho humano"

"Parte do trabalho "desaparece" no interior das empresas, através do trabalho clandestino e estágios não remunerados"
Resumo do artigo de João Fraga de Oliveira do Jornal "Público" de 12 de Abril de 2008
Em resposta à pergunta do título diz o autor que "...poderá ir para o interior da União Europeia, p.e., através das "deslocalizações da produção", para países de outros continentes, ou, por uma forma mais individualizada, através do teletrabalho intercontinental. Mas vai também para o interior.
Para o interior do país, através das cadeias de sub (sub, sub...) contratação e trabalho temporário, em que, clandestinamente, muito trabalho "desaparece". Para o interior das empresas (e da própria administração pública) onde "desaparece" através do trabalho clandestino (sobretudo o suplementar, para além do horário de trabalho), dos "estágios" não remunerados (de que já há descaradas ofertas nos jornais), dos falsos "recibos verdes", dos biscates, etc.
Mas o que é, talvez, mais perverso é que esse trabalho que "desaparece", afinal, vai também, através da sua (sobre) intensificação e degradação das condições em que é exercido, para o interior das pessoas. ...quando há rescisões ou cessações do contrato de trabalho, os trabalhadores vêm para o "exterior" (para o desemprego, para a reforma ou para a aposentação) mas, no "interior" das organizações des/empregadoras - não sendo, em regra, esses trabalhadores substituídos oportunamente -, o trabalho, realmente, fica lá todo. Só que "desaparece", para o "interior" dos trabalhadores que restaram, os quais muitas vezes, em decurso de uma (des)organização de trabalho e de modelos de gestão em que impera a "competitividade" a todo o custo (incluindo o da condição humana), o têm que passar a realizar em condições de (sobre) intensificação física ou mental.
...essa (sobre) intensificação do trabalho é, em muito, fomentada e alimentada pelo desemprego (como instrumento de chantagem e de amedrontamento) que "está cá fora" e, "lá dentro" pela condição de precariedade (à qual, sendo uma espécie de subemprego, corresponde, em regra, sobretrabalho) em que esses trabalhadores frequentemente estão.
Desta forma, o trabalho "desaparece" para o "interior" (para o amâgo) das pessoas (e das suas famílias), no sentido, dramático, das nefastas consequências que tal implica, do ponto de vista de saúde física e mental e condição social, de que são exemplos, como associados à sobrecarga física ou psicológica relacionada com o trabalho, o crescimento epidemiológico das doenças e lesões músculo-esquelécticas, o stress, o burnout, o assédio moral, a violência, o suicídio, mesmo.
Enganam-se, (...) os teóricos do "fim do trabalho" através da robotização e da automatização, partindo de um conceito mecanicista do trabalho e das "profundas mudanças" tecnológicas e gestionárias que estão em curso.
É que, (...) o trabalho mais do que um conceito abstracto (jurídico, sociológico, filosófico, etc.) ou técnico-tecnológico, é um conceito essencialmente humano e, consequentemente, social. O trabalho, realmente, consubstancia-se nas pessoas que trabalham.
É por isso que, quando o trabalho aparece, é essencialmente das pessoas que trabalham que ele "vem". E, também, quando ele "desaparece", em última análise e em todos os sentidos, é também para as pessoas que trabalha(ra)m que o trabalho "vai". (...)"
Licenciado em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho e funcionário público

segunda-feira, 28 de julho de 2008

RESISTIR AO MOBBING NO TRABALHO

"O que é o "Mobbing"?

Violência moral ou psíquica no trabalho: atitudes ou comportamentos de violência moral ou psíquica em situação de trabalho, segregação e violência repetida ao longo do tempo de maneira sistemática ou habitual, que levam à degradação das condições do ambiente de trabalho, comprometendo a saúde ou o profissionalismo ou ainda a dignidade do trabalho.

Em inglês, "to mob" significa "agredir".

Na prática, podemos traduzir isso com duas palavras: vergonhosa intimidação.

Uma verdadeira praga social, um verdadeiro fenómeno de delinquência organizada, com três componentes: a vítima (o "mobizado"), o agressor(s) (Mobbers) e os cúmplices (os colegas, que compactuam de forma cobarde com o(s) mobber(s)).

Os efeitos do mobbing sobre a vítima são ansiedade, insónias, falta de apetite ou apetite excessivo, dores fortes de cabeça, tonturas, esgotamento e depressão.

Perfil pessoal da vítima: Colega tímido, sensível, inteligente um pouco mais do que a média, insatisfeito, honesto, pessoa de princípios e valores.

Dedicado à Instituição ou à Empresa e normalmente trabalha acima da média.

Perfil pessoal do mobber: Colega invejoso, de ideias fixas, manipulador, gosta de impor aos outros colegas ideias negativas, gosta de se fazer vítima, expressa-se e influencia com facilidade outros colegas.

Não gosta da sua profissão e por isso é pouco dedicado, nem gosta dos colegas que se dedicam, por isso conspira e influencia outros colegas a terem a mesma atitude contra esses colegas de forma a isolá-los.

É certamente uma pessoa com problemas pessoais, de família, é uma instável mas extrovertida.

O mobbing é usado por colegas de Instituições ou Empresas que querem afastar outro trabalhador que se tornou um incómodo para eles.

Muitas vezes não é a própria Empresa nem um superior que exerce o mobbing, acontece muitas vezes ser exercido por alguém que apesar de estar há pouco tempo na empresa ou Instituição quer ser promovido, tentando exercer pressão sobre os que trabalham consigo.

A técnica é relativamente simples, subtil e camuflada, nas Empresas ou Instituições, tentam através do esgotamento ou depressão de um colega afastar/aposentar/demitir de forma indirecta.

Na Administração Pública isso é mais difícil, mas não é impossível.

Nas Empresas ou Instituições do Estado é normalmente utilizada uma técnica distinta, começa-se por organizar o mobbing entre vários colegas, de modo a isolar outro(s) colega(s) de tarefas, actividades e até convívios ou festas habituais de modo a afectá-lo psicologicamente.

Se a vítima não conseguir resistir opta pela transferência, que pode parecer uma vantagem para quem é "mobizado", mas na realidade converte-se num erro.

Quem sofre por mobbing na Administração Pública vive a tentação de entregar "os pontos" e de deixar-se vencer de maneira fácil, pedindo transferência ou destacamento para outra Instituição, em relação àquele que sofre do mesmo problema numa Empresa privada.

SETE CONSELHOS PARA RESISTIR AO MOBBING:

1) Não se isole, apesar desta ser a sua primeira tendência.

2) Não ceda ao desânimo e à depressão, participe nas actividades ou convívios mesmo que o ignorem.

3) Não pense que é o único, normalmente existem outros colegas vitimas de mobbing.

4) Procure aliados. Isso nem sempre é fácil, porque muitas vezes afastam-se para que o mobbing dirigido a si não se volte também contra eles.

O mobbing é transversal, são os próprios colegas que são mobbers ou cumplices

5) Denuncie as ocorrências a outros colegas e à Administração da Empresa.

6) Inscreva-se numa associação contra o Mobbing como a italiana M.I.M.A.

7) Procure as vias legais. Neste caso, recolha documentação, registe as datas horas e pessoas presentes durante as ocorrências e procure um advogado. Na maioria dos códigos penais dos países Europeus é possível enquadrar no procedimento penal e/ou civil."

RESISTIR! RESISTIR! RESISTIR!

M.I.M.A. Associazione MIMA via Filippo Meda 169, 00157 Roma www.mimamobbing.org

In ExpressoEmprego.pt

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cansaço mata um camionista por mês em Portugal

"Devido ao cansaço acumulado e às condições de trabalho precárias, morre um camionista por mês, em Portugal.
A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos.
Joaquim Valentim diz que é uma média preocupante.
O Sindicato garante que os camionistas andam cansados porque têm contratos a prazo.
Uma situação laboral precária que afecta muitos profissionais em todo o país.
Joaquim Valentim vai mais longe e garante que muitos patrões pressionam os camionistas para adulterarem os tacógrafos.
Uma situação que o Sindicato diz ser do conhecimento do Ministérios dos Transportes e do Trabalho, que já foram informados, mas ainda não deram qualquer resposta."
Notícias Rádio Clube Português

segunda-feira, 14 de julho de 2008