Manipuladoras, invejosas, as piores inimigas das outras mulheres. Quando se pensa em maldade no feminino, estes são os clichés.
Porque será?
Porque será?
As mulheres sabem pensar, são estrategas, com ambição. Os homens são supostamente mais cúmplices uns dos outros.
As mulheres pensam que têm de competir com a outra para que a outra não seja melhor que si, porque, no fim de contas, e de acordo com o último Relatório sobre a igualdade entre homens e mulheres 2008 (http://europa.eu/scadplus/leg/pt/cha/c10167.htm) estas últimas continuam a não ter as mesmas oportunidades que os homens e por isso mesmo a pressão para a conquista de "um espaço no mundo" é enorme.
Conclusão: Vamos continuar a assistir a ataques perversos de pessoas sem ética e sem limites morais para se manterem "no poleiro" dentro das empresas.
Solução para combater os ataques: Como acontece com qualquer tipo de crime, o(a) autor(a) do assédio moral costuma escolher a vítima.
De acordo com a psiquiatra francesa Marie-France Hirigoyen, autora do livro "Assédio Moral: a violência perversa do quotidiano", o assédio é provocado por um sentimento de inveja em relação a alguma coisa que o(a)s agressore(a)s não tem.
Por trás disso pode estar problemas psicológicos que impedem o relacionamento com as pessoas.
O(a) agredido(a) é ridicularizado(a) e menosprezado(a) à frente de colegas, responsabilizado(a) publicamente por erros do departamento e impedido(a) de se manifestar.
Além disso, recebe várias vezes a mesma ordem para executar uma tarefa simples (o objetivo é desestabilizá-lo(a) emocionalmente) ou é sobrecarregado(a) de trabalho, tem os turnos de trabalho alterados sem consulta prévia, perde a sua promoção para funcionário(a)s com menos experiência ou recém-contratado(a)s, ao ficar doente é aconselhado(a) a pedir rescisão e começa a ouvir boatos sobre sua moral.
A lista não pára aí.
Pode ser despedido(a) por telefone ou carta enquanto está de férias, por exemplo.
Para se ter noção do estrago que a humilhação provoca, uma pesquisa da médica do trabalho Margarida Barreto com mais de dois mil profissionais de 97 empresas, e que serviu como tese de mestrado em Psicologia Social na PUC-SP, revelou que todo o homem humilhado no ambiente de trabalho já pensou ou tentou o suicídio.
Esse percentual cai para 16% no universo feminino.
A pesquisa constatou que 42% do(a)s trabalhadore(a)s brasileiro(a)s sofrem algum tipo de agressão moral.
Segunda ela, é importante não se sentir culpado(a) pela agressividade recebida.
Isso faz com que a humilhação não se fixe na mente, criando uma resistência.
O alvo de assédio deve: anotar, com detalhes, as humilhações sofridas (dia, hora, nome do(a)s agressore(a)s, testemunhas e conteúdo da agressão); procurar apoio dentro e fora da empresa com colegas que já passaram pela mesma situação; jamais conversar com o(a) agressor(a), sem testemunhas por perto; exigir, por escrito, explicações da agressão (mesmo que tenha certeza de que não terá a resposta); relatar o acontecido ao sindicato da categoria e reclamar no Tribunal do Trabalho.