"Um trabalhador da France Telecom suicidou-se ontem devido a problemas de trabalho, elevando para 24 o número de funcionários da empresa que nos últimos 18 meses colocaram fim à própria vida.
Casado e pai de dois filhos, o homem de 51 anos deixou uma carta à família afirmando que o ambiente infernal que se vivia na empresa esteve na causa do seu suicídio.
A France Telecom confirmou o suicídio do funcionário e o presidente da empresa, Didier Lombard, viajou imediatamente para Annecy, indicou o grupo.
Com este suicídio sobe para 24 o número de funcionários da empresa que colocaram fim à própria vida desde Fevereiro de 2008, um comportamento que os sindicatos atribuem ao stress causado pela gestão empresarial e pelas condições de trabalho.
No início de Setembro, Lombard afirmou que a sua preocupação era acabar com a "espiral de suicídios" dentro da empresa.
O presidente da France Telecom considerou necessário "sair desta situação de contágio" e com este objectivo anunciou uma série de medidas.
O presidente da France Telecom considerou necessário "sair desta situação de contágio" e com este objectivo anunciou uma série de medidas.
Entre as medidas estão o aumento do número de médicos na empresa e das equipes de recursos humanos, além da disponibilização aos funcionários de psicólogos externos, negociações com os sindicatos sobre o contrato social e uma formação profissional mais intensa para a evolução tecnológica.
A France Telecom tem 100.000 funcionários em França. O Estado controla 26,7% do capital da empresa, que em 2008 registou um lucro líquido superior a quatro mil milhões de euros."
A primeira medida concreta que a administração de uma empresa onde se passam situações de assédio psicológico porventura não deveria ser a de punir severamente quem é, ou quem são, o ou os autores dos atropelos à dignidade humana de um trabalhador?
Onde pára a ética organizacional?
É só uma mera palavra que existe no dicionário?