Introduction to the concept of mobbing

Introduction to the concept of mobbing

"Through their national work environmental acts Sweden, Finland and Norway support the rights of workers to remain both physically and mentally healthy at work. Yet, in recent years, a workplace-related psychosocial problem has been discovered, the existence and extent of which was not known earlier.

This phenomenon has been referred to as "mobbing", "ganging up on someone", "bullying" or "psychological terror". In this type of conflict, the victim is subjected to a systematic, stigmatizing process and encroachment of his or her civil rights. If it lasts a number of years, it may ultimately lead to ejection from the labor market when the individual in question is unable to find employment due to mental injury sustained at the former work place.

I introduced this phenomenon in 1984. It certainly is a very old one, well known in every culture from the very beginning of these cultures. Nevertheless, it has not been systematically described until the research started in 1982 which led to a small scientific report written in the fall of 1983 and published in early 1984 at The National Board of Occupational Safety and Health in Stockholm, Sweden

(Leymann & Gustavsson, 1984)"

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Centros de Atendimento

"Olá, o meu nome é Ankur, chamem-me Mike"

"Rohail Manzoor, de 25 anos, considerava-se perfeitamente qualificado para trabalhar num centro de atendimento telefónico.

O trabalho consistia simplesmente em responder aos pedidos de informação formulados por clientes americanos sobre as suas facturas de comunicações de longa distância.

Estava bem preparado para o trabalho, pensava, pois tinha feito cursos de inglês para falar como um americano.

Após ter-se rebaptizado a si próprio como Jim, pensava passar por um empregado americano do serviço de clientes. Mas nada o tinha preparado para o chorrilho de insultos de que foi alvo nessa noite, quando atendeu o microtelefone. "Seu porco e estúpido indiano!, gritou um americano", conta vagarosamente Manzoor. "Insultou-me de todas as maneiras possíveis".

Estas palavras rancorosas e insultuosas tornam-se moeda corrente à medida que aumenta o ressentimento provocado pela deslocalização dos empregos para a Índia.

Aproximadamente 25 por cento dos funcionários dos centros de atendimento consideram que essa é, para eles, a principal causa de stresse profissional, revela um estudo publicado em finais de 2004 numa revista informática indiana.

Manzoor demitiu-se: sofria de hipertensão e de dores no peito.

Alguns centros que trabalham para empresas americanas organizam seminários de gestão do stresse, instalam ginásios e mesas de bilhar, e disponibilizam cursos de meditação, de ioga ou de respiração.

Se há os que incentivam os seus funcionários a revelar aos interlocutores americanos o seu nome verdadeiro e a cidade onde se encontram, a maior parte teme as consequências e proíbe que o façam.

Em Bangalore, Ankur Jaiswal, de 22 anos, cujo pseudónimo é Mike, presta assistência técnica aos utilizadores de computadores. 

"Muitos americanos pedem logo para falar com um técnico americano", lamenta Jaiswal. "Então digo-lhes: "Sou indiano, mas vivo nos Estados Unidos". Eles insistem: "Nos Estados Unidos, onde?" Respondo que não estou autorizado a revelar o local.. Então, fazem-me perguntas sobre o tempo que faz".

Alguns centros estão equipados com ecrãs de televisão gigantes que indicam a meteorologia de diversas cidades americanas, o resultado do último jogo da equipa de basquetebol dos New York Knicks, ou o nome da peça mais recente em cena na Broadway.

Estas informações permitem aos operadores conversar com os seus interlocutores, ocultando o facto de se encontrarem na Índia.

Os funcionários também recebem uma formação acelerada em cultura americana.

Maneesh Ahooja, formador especializado no trabalho da voz e do sotaque, recomenda-lhes que vejam séries televisivas como Friends. "Descrevo-lhes todos os aspectos do estilo de vida americano", acrescenta. "Explico-lhes, por exemplo, que ao contrário do que se passa na Índia, os jovens abandonam cedo o casulo familiar".

Mas muitos funcionários admitem compreender a angústia dos americanos encolerizados. "Ficaria furiosa se alguém me tirasse o meu emprego", compadece-se Vidya Ramathas, de 24 anos, que trabalha em Bangalore. "Mas gosto do meu trabalho: deu-me liberdade e permitiu-me sair de casa dos meus pais"."

Rama Lakshmi, The Washington Post (excertos)