"(...) Somos demasiado complacentes com determinados comportamentos pouco empenhados e criámos, nas últimas décadas, uma cultura mais favorável ao "nivelamento" do que à promoção do mérito.
(...)
Costumo dizer que nesta cultura impera a síndrome do jardineiro, que, preocupado em manter a sebe alinhada, está sempre empenhado em cortar qualquer ramo que sobressaia.
Em Portugal gostamos muito de nos sentir aconchegados, mesmo que o aconchego nos preserve na mediania.
Pelo facto de não deixarmos que os ramos cresçam mais alto, a sebe fica sempre rasteira: homogénea, mas rasteira. (...)"
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Costumo dizer que nesta cultura impera a síndrome do jardineiro, que, preocupado em manter a sebe alinhada, está sempre empenhado em cortar qualquer ramo que sobressaia.
Em Portugal gostamos muito de nos sentir aconchegados, mesmo que o aconchego nos preserve na mediania.
Pelo facto de não deixarmos que os ramos cresçam mais alto, a sebe fica sempre rasteira: homogénea, mas rasteira. (...)"
In Revista Frontline
Por Constança Vaz Pinto